terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Ultimo Dia em Sultanahamet

Hoje foi nosso ultimo dia, não só de Istambul, como da Turquia. Foi um dia bem cansativo, mas, por outro lado, proveitoso. Conseguimos fazer várias coisas e ainda voltar cedo para o hotel. Começamos o dia com um café da manhã, onde eu pude me deliciar de cereais de chocolate com a companhia de meu pai, enquanto minha mãe terminava de arrumar as malas de partida para Paris. Depois, todos subimos para a portaria do hotel e seguimos na nossa última jornada turca, que começou no palácio Tupkapi do Sultão Ahmet. Curiosamente, a junção das palavras forma o bairro onde estamos “Sultanahamet”, mas isso é apenas uma vírgula diante de tudo que vimos e presenciamos em tal lugar. Chegando na primeira sala (bem simples na decoração), podiamos ver vários pratos, xícaras e acessórios de cozinha, pintados a mão expostos, todos com duas cores principais: azul e branco. Tiramos algumas fotos e fomos em direção a segunda sala, onde tinham enormes caldeirões. pinturas de servos do Sultão, e alguns outro utensílios de cozinha. As três salas seguintes posso considerar, em nome de minha mãe, o paraíso: roupas, jóias e acessórios de corpo e rosto de diferentes cores, formatos e tecidos. Infelizmente não podíamos tirar fotos para que os acessórios ficassem bem preservados. Eram salas espetaculares onde vi coisas que nunca imaginava ver na vida. Cada peça ou tecido, cada coisa que via e lia, me fazia sentir mais inteligente, mais culta. Fomos ainda em uma sala com enormes sofás e tronos, fiquei me imaginando lá, uma íncrivel fantasia (risos). Tomamos café (e eu chocolate quente) olhando para o Bósforo (outro lugar que fiquei maravilhada ao atravessar) e fomos para a última sala, lá não tinha nenhum objeto, era uma sala forrada por tapetes e com sofás. Parecia-me uma sala social, não podia apreciar muito, pois nesse momento estava batendo o queixo diante do frio e da chuva. Na saída, tinha uma livraria pequena, mas íncrivel, cada passo que dávamos tinha algum livro ou coleção que nos interessava, saímos do palácio já com o dia feito. Fomos então andando até o Grand-Bazar, apenas para comprar uma caixinha, tipo estojo, que eu e minha mãe já estavamos namorando fazia um certo tempo. Deparamos com um vendedor chato que nem merece descrição, voltamos para “nosso” bairro, tomamos mais um chocolate e fomos a uma mesquita que encontramos com dificuldade, tanto por falta de informação, quanto por causa da chuva que nos atrapalhou, mas isso não era motivo para desistir. Depois de uma meia hora caminhando, deparamos com a mesquita, entramos e recebemos a notícia de que ela estava em reforma (porque Istambul será a capital cultural de Europa em 2010), mesmo assim valeu. Foi pequena a parte que vimos, mas linda, os tapetes, o teto, as paredes e as pilastras... cada um com sua beleza nos encantou. Subimos por uma escada estreita e escura para um segundo andar, não tinha nada de diferente, era bem parecido e, o pior, muito alto, então saímos rápido, depois de ter visitado toda a mesquita, o pé de mais ninguém aguentava, nem a mão de tanto segurar guarda-chuva. Entramos em uns becos (segundo meus pais, parecidos com a Italia) e saimos numa rua principal, pegamos o táxi e viemos para o hotel, ficamos na internet durante um tempo, terminamos as malas e saímos pela ultima vez para jantar em um lugarzinho super aconchegante e com uma comida deliciosa . Na verdade, já tinhamos ido e apreciado, saímos de lá satisfeitos, voltamos para o hotel e aqui estou. Confesso que fiquei um pouco arrasada na volta, pensando que durante um bom tempo não verei mais o que vi durante uma ótima semana aqui. Aproveitei muito e só tenho a agredecer aos meus pais, que me proporcianaram essa viagem, porque esse lugar para mim, foi muito mais do que o Grand- Bazar, o mundo de compras, aprendi muito aqui, aprendi as diferentes vestimentas e diferentes comidas, conheci vários lugares e isso foi um aprendizado de vida para nós três, no qual eu nunca vou esquecer. Obrigada aos dois. Alice.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Artemis Deusa da Fertilidade


Ephesus é mais uma fantástica cidade fundada pela cultura helenística. A figura mais importante por aqui é Artemis, a deusa da lua e da caça. Quando os romanos tomaram a cidade,  Artemis mudou o nome para Diana. Uma das suas imagens está no Museu das Inscrições. Suas formas são incrivelmente geométricas, com desenhos de animais e um busto de ovos, que significa fertilidade. É impressionante a definição das imagens esculpidas no mármore.  Não é a toa que o Templo de Artemis, hoje em ruínas, já foi umas das 7 maravilhas do mundo antigo. 
Nesses quinze dias de andanças foi o primeiro dia de chuva. O que atrapalhou o nosso humor, também prejudicado pelo nosso guia, um turco que falava muito alto e repetia informações o tempo todo, mesmo fornecendo dados históricos bastante importantes. Ephesus merece uma nova oportunidade. 
Obs: fiz um flicker que não deu conta das mais de 2 mil fotos que já tiramos. Acho que ficará para o Brasil a postagem de todas. Veja nos favoritos. 

sábado, 20 de dezembro de 2008

Lili nas piscinas de Pamukkale

Gule Gule Pamukkale



Pamukkale não é só piscinas lindas que parecem de gelo, com águas quentes e medicinais. Atrás destas imagens inacreditáveis tem um sítio arqueológico muito bem preservado e espetacular. Esta área foi inicialmente colonizada pelos gregos em III a.C e depois conquistada, reconstruida e ampliada pelos romanos em 60 d.C . Aqui existem templos, tumbas gregas, igrejas, casas de banho e os banheiros públicos romanos. Banheiros públicos são verdadeiramente públicos, lugar onde os homens se reuniam para conversar e fazer coco juntos. O nome usado até hoje, deve ter vindo daí. O anfiteatro é uma construção monumental, de uma escala assustadoramente alta, a ponto de eu sentir vertigem...... Enfim mais um lugar incrível nessa terras Otomanas. Ah, e Gule Gule significa tchau. 
Seguimos para Ephesus......

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Bye Cappadocia, thank you!!!!!!!!!!!!

Amazing cold




























Ontem foi um dia insuportavelmente frio, a Lili perdeu o humor e a sensibilidade nos pés. Se não fosse o espetáculo da natureza da Capadócia, seria talvez o dia mais difícil da nossa viagem. Estava 5 graus negativos. 
Fizemos um tour com um grupo, e conhecemos um casal sensacional de Americanos, fãs do Obama, com fotos de comícios do candidato, e uma auto estima muito elevada por conta disso. Ficamos parceiros, ela uma estudiosa de religiões do mundo o que fez o Gil se aproximar ainda mais do casal. Fomos a alguns lugares incríveis, mas o mais espetacular foi o Open Air Museum. O lugar é datado do sec. VII, quando vários cristãos se estabeleceram aqui. Dentros das diferentes formações rochosas existem casas, igrejas e locais de convívio social.....
tudo de pedra: mesas, bancos, fornos..... o interior das igrejas é lindamente pintado. É maravilhoso como ainda hoje permanecem bem conservados.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Goreme- Kappadocia

Chegamos com 3 graus negativos às 7hrs da manhã na Kappadocia. A pronúncia é como o italiano, Kapadóquia.
Tudo é árido, tem texturas, volume, e a cor é unica, bege; o povo é amável, e estamos em um hotel dentro de uma caverna. A paisagem é absolutamente incomum.... 
Capital do império hitita até 1.100 a.C., a importante Província do Império Romano, com direito à menção na Bíblia, é terra de são Jorge --curiosamente, um desconhecido entre os habitantes locais. A única representação de são Jorge está na capela de Santa Catarina, uma das dezenas que compõem o Museu a Céu Aberto de Göreme, aliás, uma das principais atrações Capadócia.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Perdido no Grande Bazar




Descíamos uma rua em volta do Grande Bazar de Istambul e no final dela um prenúncio de que uma coisa boa logo viria: um camelô vendia uma máquina de fechar charutinhos de folhas de parreira. Ele demonstrava fechando os charutinhos e os empilhando às centenas. Alguns passos depois e, meio sem querer, estávamos no Bazar das Especiarias. Um espetáculo para o olfato e a visão. As lojas vendem diversos tipos de chá, de maçã, laranja, da índia, limão (todos muito aromáticos), caixas com diversas variedades de mel, narguilés, conjuntos de chá, moedores de pimenta e muitos temperos em tonéis, formando pilhas de cores fortes pimenta em pó vermelha, açafrão, curry, canela. Acabamos comprando dois tipos de doces e um kit com diversas especiarias, alé desse kit tem outro com chás e outro com perfumes. É um mundo interminável e fácil de se perder e se achar, nesse conjunto de bazares interligados de Istambul. Difícil sair.
Gilmar

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ponte para Istambul



Chegamos finalmente depois de 14 hrs de viagem. Istambul é muito mais lindo, limpo e sofisticado do que eu imaginava.  A beleza e a história estão impregnadas em todos os  lugares, na arquitetura, nas vestes, em especial nos lenços das muçulmanas, no interior das mesquitas e ao longo do Bósforo, o canal que divide a Ásia e Europa. O povo é super educado. Ficamos pensando, Gil e eu, de onde surgiu  o esteriótipo do turco bronco, incivilizado. Aos olhos da cristandade européia, eles eram tidos como  bárbaros. Será que essa fama surgiu quando os Otomanos tomaram o império romano do Oriente (Constantinopla)???  
Visitando os lugares sagrados, não percebemos nenhum traço de hostilidade em relação aos não muçulmanos. 
Fiquei obsecada em registrar tudo, até ontem eu ainda pedia, gentilmente, para fotografar as pessoas, mas diante de algumas negativas, resolvi tirá-las mesmo sem permissão. O resultado foi uma quantidade enorme de mulheres fotografadas de costas......  Enfim os dias tem sido muito frios, uma média de 4 a 5 graus a noite, mas com lindas manhãs de sol. 
Tenho duas dicas importantes a dar, a primeira: não deixem de ler o livro "Istambul" do Orhan Pamuk, é uma declaração de amor a esse lugar, contada de forma poética, e com embasamento histórico, e a segunda dica: tragam um adaptador de tomadas, para poder ligar seus aparelhos eletrônicos. Comprei o meu hoje.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Orhan Pamuk

Acabei de chegar da rua com o livro Istambul de Orhan Pamuk, já havia procurado muiiito, e finalmente o encontrei. O comentário do NYtimes é arrebatador, "A história de uma melancolia invisível e de como ela age na mente de um jovem cheio de imaginacão".....
Isso coincide com minha percepção do Oriente, tudo muito simples, sutil, poético..... 
ma as-salaamah= até mais

 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rock Turco

Fazendo mais uma das tantas pesquisa sobre a Turquia, achei um comentário no site via política sobre Rock no território Turco, postado pelo Nanche Las-Casas. Adorei o clima Edgar Allan Poe e cinematográfico do vídeo dos caras. Tem uns totens enormes e uma luz sombria...... muito boa . 
Adoro conhecer World music , sonoridades diferentes, numa língua diferente....... 
O nome deles..... Mor Ve Ötesi (veja lá). 
Aliás o Nache me enviou gentilmente um clip que ele fez quando esteve por lá, o que me deixou mais encantada com o lugar. Obrigado Naches pela sensação de contentamento que aquelas imagens me causaram.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

TLAXCALA - Rede de tradutores pela diversidade linguística

     Descobri essa rede lendo um site que gosto, e recebo sempre via newsletter. O site chama Via política. É uma revista virtual como eles mesmos se denominam, que aborda a política, em seu sentido mais amplo, tratando de suas interfaces com a cultura, as artes, a economia, a diplomacia, o meio ambiente, a responsabilidade social, as novas tecnologias, o comportamento e o humor. Entre no link e veja como é importante um espaço aberto para recuperar e circular idéias em vários idiomas.